Gravura Brasileira

Diô Viana

Diô Viana

De 10/12/2022 a 31/3/2023

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Margem Norte


Diô Viana


10 dezembro 22 a 09 março 23

 

 

Sobre Margem Norte

Em suas anotações de viagens de barco pelos rios da Amazônia, Diô Viana vem captando paisagens e ambientes amazônicos. O artista desenha, pinta, coleta e registra em seus bloquinhos, traços dos infinitos elementos naturais encontráveis na região. As notas, que não são ilustrações, ele nomeia “diários visuais”. Os esboços feitos e os materiais coletados são depois retrabalhados no ateliê, gerando pinturas, gravuras e técnicas mistas - aqui expostas.

Todo um bioma pulsa, em imagens e ritmos, nas obras que resultam das viagens.

Esta pulsação, que reproduz a sensação da vida do bioma amazônico num local distante como o Rio de Janeiro, ou a França – onde o artista também reside – tem origem numa relação profunda, de raiz, com a região. Diô nasceu e cresceu no estado do Pará, e é possível perceber nas suas obras o respeito, a delicadeza e a intimidade com que trata os elementos que insere nas imagens, e a desenvoltura com que relaciona o conjunto de signos e procedimentos que compõem seu repertório.Choose 2023 top UK replica watches online site.

A pintura possui uma qualidade sensorial que favorece a imersão. Em meio ao conjunto de pinturas de maiores dimensões, tem-se a sensação de ser tragada(o) pela força dos elementos, pelas cores, volumes e movimentos, que aproximam até mesmo os sons e aromas da floresta. Uma sensorialidade envolvente e sinestésica emerge dos azuis, das combinações com vermelhos e tons de terra, ocres, dos verdes meio submersos...

Os rebatimentos das imagens criam uma condição de movimento contínuo e circular, e preenchem nossos sentidos com o eterno devir das águas onipresentes da região. Seja na evocação das gotículas na atmosfera, da chuva ou do curso de um rio, sente-se o mesmo ritmo.

Vislumbra-se uma poética das águas, por entre formas que se esvaem.

A presença dos negros, do carvão no solo ao céu noturno pontilhado de luzes, nos remete ao mistério. Carrega o imaginário da abrasão, comenta um processo em curso, levado a cabo por mentes insanas para satisfazer a ganância egoísta dos insensíveis. Mentes cuja humanidade se demonstra improvável.

E do bioma potente, porém frágil, das populações guardiãs do habitat, das espécies animais e vegetais, dos recursos hídricos e minerais, do manancial de vida e conhecimento ainda não revelado, surge o alerta para um futuro cada vez mais presente no qual, nas terras calcinadas pelas queimadas e derrubadas das florestas, as águas não mais fluirão livremente.

Fabiana Éboli Santos

 

 

 

 

 

 

 

 

vistas da exposição

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