Gravura Brasileira

Leda Catunda

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Cronologia 

 

1961

Nasce Leda Catunda em São Paulo. Filha de Vera Catunda Serra arquiteta e paisagista e Geraldo Serra Gomes, arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

 

1980

Ingressa no curso de Licenciatura em Artes Plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) graduando-se em 1984. 

 

“Estávamos vivendo os últimos anos do governo do General Figueiredo, o finalzinho da ditadura militar, sentiamo-nos por isso amarrados e sem poder de ação. Ao mesmo tempo, organizava-se movimentos pelas eleições diretas com passeatas pelo vale do Anhangabau. Eram realmente emocionantes e surgiam como um aceno de que as coisas finalmente poderiam mudar para melhor. Eu estava terminando a faculdade de artes plásticas na FAAP e desenvolvia um trabalho de pintura. Por incrível que pareça, na época, o ressurgimento da pintura era algo inesperado num contexto posterior à desmaterialização da arte e à arte conceitual dos anos setenta.” 

 

(CATUNDA, Leda, texto do arquivo da artista “Como era nos anos 80...”, sem data, inédito.) 

 

O historiador e crítico da arte Tadeu Chiarelli comenta sobre o ambiente da FAAP nos anos 1980. 

 

“O debate que se travava nas salas e corredores da FAAP era muito interessante. De um lado estavam alguns professores fundamentais para a formação teórica e prática dos alunos – Walter Zanini, Nelson Leirner, Regina Silveira, Júlio Plaza –,todos eles abrindo as portas para as discussões sobre a arte e sua natureza; sobre a arte enquanto conceito e enquanto mercadoria; sobre a desmaterialização da arte, o conceito de ready-made... Enquanto isso, nas revistas internacionais – lidas avidamente pelo alunado –-, eram publicados artigos fartamente ilustrados sobre a “volta à pintura”, sobre os selvagens alemães, a transvanguarda italiana, sobre Schnabel, Fischer, Sandro Chia, Clemente... Havia, portanto, um descompasso.” 

 

(Tadeu CHIARELLI – “Problematizando a natureza da pintura”. In: Leda Catunda, São Paulo: Cosac & Naify Edições, 1998. p. 9.) 

 

1981

Expõe pela primeira vez no “IX Salão de Arte Jovem de Santos”. No mesmo ano, participa de duas mostras coletivas: “Festival Internacional da Mulher nas Artes”, São Paulo e “V Salão Jovem de Arte Contemporânea”, Centro Cívico de Santo André, São Paulo. 

 

 

 

 

1982

Torna-se monitora de classe da professora-artista Regina Silveira. Leda estabelece desde o início de sua trajetória uma relação que se intensifica ao longo dos anos com o ensino de arte e com seus professores. 

 

1983

Realiza a exposição “Pintura Como Meio”, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (Ibirapuera). A exposição, idealizada por Sérgio Romagnolo, foi apresentada a Aracy Amaral, então diretora do Museu, que a acolheu. Foram expostos trabalhos de Ana Tavares, Ciro Cozzolino, Leda Catunda, Sérgio Niculicheff e Sérgio Romagnolo. A partir desta coletiva surgem novos convites. 

 

“Surge então a pintura integrada ao ambiente, espaço bidimensional que recebe a pintura e no qual a ausência de moldura confere uma intermediação insinuante como em todos os artistas que se utilizam deste “artificio” desmistificador, entre o espaço real e virtual de seu trabalho pictórico. 

Transparece [assim] uma pintura desnuda em seu naturismo, independente do fato de ser figurativa ou não, porém como comunicação visual plástica válida em si, sem a pose da “grande pintura”, embora substancialmente pintura.” 

 

Aracy AMARAL. - “Uma Jovem Pintura em São Paulo” in: Catálogo Pintura Como Meio, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, 1983. p. 1. 

 

Nessa exposição Leda expõe pela primeira vez que os trabalhos que denomina “vedações”. 

 

“Usando como suporte toalhas infantis, além de tecidos estampados comumente usados para a confecção de roupas e/ou lençóis para crianças, Leda vedava com tinta as imagens ali produzidas. Sem usar chassi ou qualquer outra estrutura mais dura para suportar os tecidos, a artista muitas vezes costurava um pedaço de pano ao outro aumentando assim a área de ação sobre as estampas. (...) [Leda] introduzia nessa operação fria de imagens já prontas a gestualidade “romântica” da pintura – o que aumentava o caráter irônico de seu trabalho.” 

 

(Tadeu CHIARELLI – “Problematizando a natureza da pintura”. In: Leda Catunda, São Paulo: Cosac & Naify Edições, 1998. p. 11 e 12 .) 

 

No mesmo ano, é convidada pelo professor Júlio Plaza para participar, com um trabalho em vídeo-texto, da “XVII Bienal Internacional de São Paulo”. Participa ainda da exposição - “Arte na Rua, Out Door”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e “Pintura Brasil”, Fundação Clóvis Salgado, Belo Horizonte. É monitora de classe do professor Walter Zanini na disciplina História da Arte. 

 

1984

Expõe nas coletivas “Stand 320” na Galeria Thomas Cohn Arte Contemporânea e “Como vai você, Geração 80?,” no Parque Lage ambas no Rio de Janeiro. Participa de coletiva com Sérgio Romagnolo, Ciro Cozzolino e Leonilson na Galeria Luisa Strina em São Paulo e da I Bienal de Havana em Cuba. 

 

1985

Realiza a primeira exposição individual na Thomas Cohn Arte Contemporânea, Rio de Janeiro. O crítico Wilson Coutinho escreve no Jornal do Brasil sobre a mostra: 

 

“ A artista paulista Leda Catunda, 24 anos, curiosamente realiza sua primeira individual não em São Paulo, mas aqui. (...) Ela se utiliza de inúmeros materiais da indústria como tapetes, colchão e acolchoados, plásticos, e com isto cria uma figuração extremamente cativante e alegre, diferente de outros artistas paulistas que estão manejando os detritos industriais aplicados na metáfora do feio, do horror e do ostensivo deboche.” 

 

(Wilson COUTINHO-. A Bela Indústria. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1985.) 

 

Em entrevista a Baravelli, Leda expõe sua opinião sobre a situação da jovem arte paulista: 

 

“Leda Catunda : Hoje em dia tem uma super pintura matérica, que é bem distante do meu trabalho. Até pintei com tinta a óleo e tinha aquela piração no azul phthalo. Gosto muito de cor, mas não penso em “superfície” e “não-superfície”. Essa linha de pintura requer uma coisa clara. 

 

Baravelli: Formalista para caramba... 

 

L: É bastante formalista, me sinto num outro clube, mais com Luiz Zerbini, Leonílson e Sérgio Romagnolo. 

 

B: Aqui em São Paulo tem essas duas correntes: a turma da matéria e a turma da figura. É assim para sua geração? 

 

L: Acho que sim. A turma da matéria tem uma referência, mais forte e mais fácil, da pintura alemã, do concretismo, uma base conhecida que meu trabalho não tem. Ainda estamos procurando um caminho a ser definido. 

 

(BARAVELLI. “Baravelli visita Leda Catunda”. Revista Galeria, nº10, 1988. ) 

 

Expõe no “Salão Nacional de Artes Plásticas”, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e na “XVIII Bienal Internacional”, São Paulo. Sobre as questões em jogo na Bienal de 1985, o curador Ivo Mesquita comenta: 

 

“... a volta à pintura proposta pelos trabalhos confirmaria o talento natural e a vocação da arte brasileira à contemporaneidade, pois o mesmo acontecia simultaneamente no resto do mundo. O revival da pintura naqueles anos foi, de imediato, interpretado como um retorno ao modo direto e sensual de o brasileiro se relacionar com as linguagens plásticas, como uma reação ao cerebralismo e ao excesso de metáforas da arte produzida pelas gerações anteriores (o que, no Brasil, significava não apenas o enfrentamento das questões da visualidade contemporânea mas também estar num embate constante com a censura institucionalizada pelos militares). A consagração veio em 1985, quando Rodrigo Andrade, Fernando Barata, Carlito Carvalhosa, Leda Catunda, Fabio Miguez e Daniel Senise foram apresentados na Grande Tela da XVIII Bienal Internacional de São Paulo ao lado de artistas como Enzo Cucchi, Gunter Damisch, Martin Disler, Stefano Di Stasio, Dukoupil, Koberling, Middendorf, Salomé, Hubert Scheibl, Tadanori Yokoo, algumas das estrelas da cena internacional da época.” 

 

(Ivo MESQUITA- Território dos sentidos in: Daniel Senise. Ela que não está. São Paulo Cosac & Naify edições, 1998. p.11). 

 

Participa, ainda, das exposições “Nueva Pintura Brasileña”, Centro de Arte y Comunicación CAYC, Buenos Aires, Argentina, “Brasilidade e Independência”, Teatro Nacional, Brasília e “Today`s Art of Brasil”, Hara Museum of Contemporary Art, Tokyo, Japão. 

 

1986

Realiza a individual “Espaço Investigação”, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Participa de diversas mostras coletivas entre as quais se destacam: “Transvanguarda e Culturas Nacionais”, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; “El Escrete Volador”, em Guadalajara, México; “Brazilian Painting”, Snug Harbor Cultural Center, Nova Iorque, Estados Unidos. Neste mesmo ano, começa a lecionar a disciplina de Artes Gráficas para o curso de Licenciatura em Educação Artística na FAAP. 

Em entrevista por ocasião abertura da mostra compacta da XVIII Bienal em Brasília, Leda comenta sobre o seu trabalho: 

 

“Em geral eu não gosto muito de desenhar eu sempre vou mais ou menos atrás de algo que está desenhado ou alguma estrutura. Comecei atrás de umas estampas que já estavam desenhadas e quando comecei a trabalhar com os panos, surgiram umas texturas que também eram interessantes, então a coisa foi toda se misturando e até aconteceu de entrar no objeto, como nesse trabalho que veio para cá, que é um cobertor. Um objeto não escapa da sua simbologia.” 

 

(CATUNDA, Leda em entrevista a Celso Araujo. In: O direito ao devaneio na nova arte do país. Jornal Correio braziliense, Brasilia, Distrito Federal 27 de janeiro de 1986. ) 

 

1987

Realiza a primeira individual na cidade de São Paulo, na Galeria Luisa Strina. Nesta mostra, foram expostas oito pinturas figurativas sobre suportes diversos como toalhas, guarda sol, rendas, plásticos, perucas e couro. 

 

Participa das coletivas “Pintura Fora do Quadro”, no Espaço Capital, Brasília; “Modernidade”, Museu de Arte Moderna de Paris, França; “Imagem de Segunda Geração”, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “TV Cubo”, na Galeria Mônica Figueiras, São Paulo. 

 

1988

Mostra individualmente, na Thomas Cohn Arte Contemporânea, Rio de Janeiro. 

 

“Dizendo-se atualmente menos literal na relação com a imagem, Leda tem procurado explorar nos materiais e objetos “standardizados” de seu trabalho um meio de experimentar sobretudo as texturas, ao mesmo tempo em que alguns trabalhos já apontam para uma direção diversa daquela “narração” anterior. (...) Os “Babados” fogem radicalmente da questão da imagem, tal como a artista vinha apresentando e assumem, no caso, uma dimensão pictórica exclusiva e, até, abstrata.” 

 

Ligia CANONGIA. A arte industrial de Leda. O Globo, 21 agosto de 1988. 

 

Expõe nas coletivas: “Modernidade”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “1981-1987”, Galeria Arco Arte Contemporânea, São Paulo; “88 X 66”, Parque Lage/Espaço Sergio Porto, Rio de Janeiro; “Dimensão Planar”, Funarte, Rio de Janeiro. Começa a dar aulas de desenho no seu ateliê em São Paulo. 

 

1989

Ao lado de Ana Tavares, Monica Nador e Sergio Romagnolo participa da exposição “Arte Híbrida”, que aconteceu na Funarte, Rio de Janeiro e itinerou para o Museu de Arte Moderna de São Paulo e para o Espaço Cultural BFB, Porto Alegre. 

 

“[Leda Catunda] É, ao meu ver, autora de efetivas “ combine paintings” no sentido utilizado quando fazemos referências ao trabalhos dos anos 1960 de Robert Rauschemberg. Ou seja, a pintura é aplicada como elemento de ligação, neste momento de sua produção, entre os objetos reunidos, sem qualidade como pintura, porém atuando como elemento a imprimir corpo, fisicalidade bidimensional no relevo de seus trabalhos.” 

 

Aracy AMARAL – Quatro artistas in: Arte Hibrida, Galeria Rodrigo de Mello Franco, Funarte, Rio de Janeiro; Museu de Arte Moderna de São Paulo e Espaço Cultural BFB, Porto Alegre, 1989. 

 

No mesmo ano, mostra seus trabalhos nas exposições “Coleção Eduardo Brandão”, Casa Triângulo, São Paulo; na “Perspectivas Recentes”, Centro Cultural São Paulo; no“YOU-ABC”, Stedelijk Museum Amsterdam, Holanda; no “Panorama da Arte Atual Brasileira”, Museu de Arte Moderna de São Paulo. 

 

1990

Apresenta individualmente um conjunto de trabalhos produzidos entre os anos de 1983 a 1990 no Museu de Arte Contemporânea de Americana, São Paulo. Com as obras realizadas entre os anos de 1989 a 1990 expõe nas individuais em Recife, na Pasárgada Arte Contemporânea e na Galeria São Paulo. Sobre esta última escreve Angélica de Moraes, no Jornal da Tarde e lisette lagnado na Folha de São Paulo: 

 

“A exposição, de 13 obras, apresenta alguns aspectos que irão surpreender até mesmo quem acompanha de perto o trabalho dessa artista. A mostra foi construída entre dois pólos. As figuras da pop das estampas de tecido, reunidas por costura a máquina, agora dividem o espaço da galeria com obras que namoram uma vertente mais cerebral, neo-concreta. 

Esse novo aspecto da produção de Leda Catunda se traduz em pinturas-esculturas que exploram superfícies limpas e cores industriais em materiais como a fórmica brilhante ou fosca. O acúmulo de figuras se simplificou em geometrias e jogos visuais abstratos”. 

 

(MORAES, Angélica. Leda Catunda entre o pop-espalhafatoso e o neo-concreto. Jornal da Tarde, São Paulo, 30/10/1990) 

 

“A identificação imediata da figuração caminha para uma abstração simplificada de bolinhas e retângulos. A busca da linguagem abstrata representa um esforço para sair do estigma juvenil das florzinhas e casinhas que, desde o início da sua carreira, acompanha a artista. O peso da ironia deixou lugar para uma apropriação mais alegre e intusiasta do repertorio da cultura de massa.” 

 

Lisette Lagnado- Peças são femininas e previsiveis- Folha de São Paulo 30/10/1990. 

 

Expõe nas coletivas: U-ABC, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal; Arca de Noé, Galeria Gesto Gráfico, Belo Horizonte, Minas Gerais. Ganha o Prêmio Brasília de Artes Plásticas, Museu de Arte de Brasília. 

 

1991

Participa de diversas exposições coletivas tanto no Brasil quanto no exterior, das quais podemos destacar: “Viva Brasil Viva”, Liljevalchs Konsthall, Estocolmo, Suécia; “Mito y Magia”, Museu de Arte Contemporânea de Monterrey, México; “Brasil La Nueva Generacion”, Museu de Belas Artes de Caracas,Venezuela; “Arte Contemporânea”, Centro Histórico de Petrópolis, Rio de Janeiro; “BR/80”, Itaú Galeria, São Paulo. 

 

1992

Realiza exposições individuais no Centro Cultural São Paulo; no Módulo Centro Difusor de Arte, Lisboa, Portugal e na Galeria São Paulo. Participa das coletivas “Entretrópicos”, Museu de Arte Contemporânea Sofia Imberg, Caracas, Venezuela; “Salão Paraense de Arte Contemporânea” (como artista convidada), Belém; "Hoje em dia...Avenida Central", Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro. Participa ainda da exposição coletiva “Artistas Latinoamericanos del Siglo XX”, sob curadoria de Waldo Hassmunsen, organizada pelo Museum of Modern Art (MoMA) de Nova Iorque na Estación Plaza de Armas, Sevilha, Espanha para a qual foram selecionadas cinco pinturas de diferentes períodos da trajetória da artista. 

 

“By exposing the techniques she empolys to fabricate her art- collage, assemblage, and sewing- Catunda undermines the sense of visual spectacle intrinsic to painting, especially to realist styles. Working against realism as the privileged site of identity, Catunda invokes Minimalism as the ground for reconstructing subjectivity . In her recent works, such as the series Retalhos Azuis (Blue Patches), 1991-1992, or Almofadas Amarelas (Yellow Pillows), 1992, Catunda reduces the pictorial and anecdotal references while emphasizing texture, plasticity, scale, and volume. Yet, in foregrounding tactility and the sensorial, as well as the sense of pleasurable abandonment evident in her use of materials, Catunda genders and eroticizes the Minimalist object.” 

 

Charles MEREWETHER – The subject´s poweriessness in: Latin American Artists of XX century. Museum the Art Modern, Nova Iorque, 1992-1993. 

 

1993

A exposição coletiva “Artistas Latinoamericanos del Siglo XX”, itinera para o Centre national d`art et de culture Georges-Pompidou, Paris, França; Museum Ludwig Kunsthalle Josef-Haubrich, Colônia, Alemanha e MoMA, Nova Iorque, Estados Unidos. Nesse ano faz três mostras individuais: no Módulo Centro Difusor de Arte, Porto, Portugal; na Thomas Cohn Arte Contemporânea, Rio de Janeiro e na Pulitzer Art Gallery, Amsterdam, Holanda. Participa das exposições coletivas nacionais: “A Caminho de Niterói”, Paço Imperial, Rio de Janeiro que também é apresentada no Centro Cultural São Paulo; “A Presença do Ready Made”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “Projeto: Brazilian Contemporary Art”, Museu de Arte Contemporânea da USP. Integra as coletivas internacionais: “De Rio a Rio”, Galeria OMR, Cidade do México, México e “Ultra Modern: The Art of Contemporary Brazil” The National Museum of Women in the Art, Washington, Estados Unidos; O historiador e crítico de arte Paulo Herkenhoff escreve um dos textos do catálogo: 

 

“A lascívia teatral das “Cinco Línguas” traz a desagradável memória de uma experiência erótica do horror tátil. Essa experiência tátil repulsiva fica também como memória do gesto físico de posse das coisas, na compulsão ao consumo das pequenas misérias do mundo das coisas. (...) A contundência do jogo de ironias de Leda Catunda não cessa: a geometria mole de “Cinco círculos” está perpetuamente condenada à inexatidão, mas também sorri para a tradição construtiva brasileira”. 

 

(HERKENHOFF, Paulo. “The contemporary Art of Brazil: Theoretical Constructs” In: Ultra Modern: The Art of Contemporary Brazil, The National Museum of Women in the Art, Washington, 1993. p.85) 

 

1994

Em artigo publicado na revista Art in America, Alisa Tanger escreve sobre a produção de Catunda: 

 

“As she worked through such narrative structures, Catunda began to reduce pictorial references, moving in a minimalist direction yet emphasizing bright, saturated colors and textures. Sometimes the titles of works still insinuate content, such as duas barrigas (Two Bellies, 1993) wherein two stuffied and sagging irregular pink rectangles jut out from a large pink rectangular support. Other recent wall hangings, however, seem entirely removed from anedotal asociations. In most recent works, Catunda’s motif is primary geometric shapes, usually circles. She collages stuffied, sheredded and painted shapes to make a kinder, more alluring and wackier minimalism.” 

 

Alicia TAGER. “Paradoxes and transfigurations”. Art in America. July 1994. p.46-47. 

 

Expõe individualmente na Galeria Volpi, Fundação Cassiano Ricardo, São José dos Campos, São Paulo. Participa das coletivas: “Pequeño Formato Latino Americano”, Galeria Luigi Marrozini, San Juan, Porto Rico; “Bienal Brasil Século XX”, Fundação Bienal, São Paulo; “XXII Bienal Internacional”, Fundação Bienal, São Paulo; “20 anos de Arte Contemporânea da Galeria Luisa Strina”, Museu de Arte de São Paulo. 

 

“As pinturas ora apresentadas na XXII Bienal Internacional de São Paulo têm uma força afirmativa que deverá funcionar em sua carreira como um divisor de águas. Surge agora uma imagem construída, sem a imediatez de um suporte que já se impunha com seu campo figurativo. Nas peças em escala maior, o espectador precisa de um certo recuo para avistar o sentido em sua totalidade – como é o caso da configuração de Duas bocas.O lugar “privilegiado” da fruição só existe no dificil limite: entre a luxúria da proximidade do tato e a compreensão da imagem percebida graças ao recuo estratégico.” 

 

Lisette LAGNADO, Formas prenhes. in: Tadeu CHIARELLI (org). Leda Catunda, Cosac & Naify edições, 1998. p.121. 

 

1995 

Expõe coletivamente na “Havana - São Paulo, Junge Kunst aus Lateinamerika”, Haus der Kulturen der Welt, Berlim, Alemanha; “Latin American Women Artists 1915-1995”, Milwaukee Art Museum, Phoenix Art Museum, Denver Art Museum, Estados Unidos; “Infância Perversa”, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; “United Artits”, Casa das Rosas, São Paulo; “Anos 80, Coleção Gilberto Chateubriand”, Galeria do Sesi, São Paulo. 

 

1996

Expõe individualmente na Galeria Camargo Vilaça, São Paulo. 

 

“Nessas pinturas de Leda Catunda, o espaço se faz num processo de automultiplicação, feito numa floresta, cobertura vegetal. Em Línguas verdes as folhas desabrocham com fertilidade. Em sua serialidade organizada, cada uma mantém sua identidade e diferença. Inseto é um casulo com múltiplas cápsulas, uma colônia de seres por nascer. Noutras pinturas, como as diversas Gotas, sem a delimitação pelo chassi ou a organização por um método lógico, o olhar poderia confrontar-se com uma enchente de gotas ou com uma praga de insetos de formas proliferantes que invadissem o mundo e sufocassem o olhar. Chassi e ordem é o que nos mantém à distância de uma ferocidade epidêmica. Estamos diante de idéias de excesso de presença tanto quanto de excesso de ausência.” 

 

(Paulo, HERKENHOFF. Leda Catunda, o pincel e o conta-gotas. Catálogo Galeria Camargos Vilaça, São Paulo, 1996.) 

 

Participa das exposições coletivas: “Contrapartida”, Kunstspeicher, Potsdam, Alemanha; “Artistas Contemporâneos Brasileiros”, Bayer, Leverkusen e Dormagen, Alemanha e Museu de Arte Moderna de São Paulo; “15 Artistas Brasileiros”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Off Bienal”, Museu Brasileiro da Escultura, São Paulo. 

 

1997

Realiza as exposições individuais no Paço Imperial, Rio de Janeiro e na Galeria Marina Potrich, Goiânia. Paricipa das mostras coletivas: “15 Artistas Brasileiros, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Museu de Arte Moderna da Bahia; “Heranças Contemporâneas”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “ES 97 Tijuana”, Centro Cultural Tijuana, Museu Rufino Tamayo, Cidade do México, México; “Material Imaterial”, The Art Gallery of New South Wales, Sydney, Austrália; “Sala Especial”, 22º Sarp, Museu de Arte de Ribeirão Preto, São Paulo; “Brasil - Reflexão 97”, Museu Metropolitano de Arte, Curitiba, Paraná. Ingressa no mestrado (posteriormente convertido em doutorado) em Poéticas Visuais na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo sob orientação do professor-artista Júlio Plaza. Em artigo publicado na revista Word Art o crítico Benjamin Genocchio aponta produção e Leda Catunda, ao lado de outros, como uma das artistas mais vistas que emergiram rapidamente na cena artística brasileira. Sobre sua produção ele escreve: 

 

“William Blake once wrote that exuberance in beauty. Catunda’s paintings are also, quite literally, exuberant – and it is precisely this feature that endows them with a powerful sensual and seductive quality. Even Catunda’s series of works about tears is most painfully passionate and exaggerate…”

 

(GENNOCHIO Benjamim. Concrete poetry. In World Art, nº 12.p.46) 

 

1998 

Expõe individualmente nas Galerias: Casa da Imagem, Curitiba, Paraná e na Camargo Vilaça, São Paulo. Leda escreve no catálogo da exposição em Curitiba: 

 

“A princípio surgiram volumes justificados por representações de insetos, barrigas, corpos e cascas de insetos. Ao mesmo tempo, também foram feitas pinturas que representavam só barrigas, e a partir dessas, capas para cobri-las. Essas capas deram inicio à criação de pinturas cujo corpo surge a partir do acumulo de sobreposições.” 

 

(CATUNDA, Leda. A superfície da pintura. Catálogo Galeria Casa da Imagem, Curitiba, Paraná, 1998.) 

 

Participa de diversas coletivas dentre as quais podemos citar: “Futebol-Arte”, realizada em três diferentes instituições, Memorial da América Latina, São Paulo; Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, Palácio do Itamaraty, Brasília; “Anos 80”, Galeria de Arte Marina Potrich, Goiânia; “Der Brasilianische Blick”, Haus der Kulturen der Welt, Berlim,Alemanha; “O Moderno e o Contemporâneo”, Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte São Paulo. Durante o período de 1998 a 2004 lecionou pintura e desenho no curso de Bacharelado e Licenciatura em Artes Plásticas da Faculdade Santa Marcelina (FASM). 

 

1999

Realiza a exposição individual no Paço das Artes, São Paulo. Participa das mostras coletivas “O Objeto Anos 90”, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “Artistas do Festival”, Museu de Arte Contemporânea, Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre; Galeria de Arte da Universidade Federal Fluminense, Niterói. 

 

2000

Realiza a exposição individual “Leda Catunda pinturas moles”, no Museu Ferroviário Vale do Rio Doce em Vitória. 

 

“Suas obras continuam ligadas a um tipo de história ou figura, como é o caso das formas exibidas em 1996, que se intitulam Gotas, Línguas, Insetos. Mas elas estão gradativamente se apurando em direção à composição, às sobreposições, às camadas, às seriações.” 

 

(CANTON, Kátia. Uma outra costura do mundo. Folder Museu Ferroviário Vale do Rio Doce, Vitoria, Espírito Santo, 2000) 

 

E também na Galeria Kalil&Lauar, Belo Horizonte, Minas Gerais; Galeria de Arte Marina Potrich, Goiânia. Participa das coletivas: “O Século das Mulheres - Algumas Artistas”, Casa de Petrópolis, Petrópolis,Rio de Janeiro; “Mostra do Redescobrimento - Brasil + 500”, Fundação Bienal, São Paulo e itinera para a Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal; “Obra Nova”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “ A Imagem do Som de Chico Buarque”, Paço Imperial, Rio de Janeiro. 

 

2001

Realiza as exposições individuais, na Galeria Ramis Barquet, Nova Iorque, Estados Unidos e no Museu Alfredo Andersen, Curitiba, Paraná. Expõe nas coletivas: “Sings of life”, Galeria Ramis Barquet, Nova Iorque; “Inventário Poético”, Galeria Casa da Imagem, Curitiba; “Trajetória da Luz”, Itaú Cultural, São Paulo; “O Espírito da Nossa Época”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “ Espelho Cego”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Cultura Brasileira 1”, Casa das Rosas, São Paulo; “Bienal do MERCOSUL”, Porto Alegre. 

 

2002

Realiza a individual ”Retrato”, na Galeria Fortes Vilaça, São Paulo: 

 

“Nesta primeira mostra individual de pinturas em São Paulo desde 1998, Leda Catunda volta à figuração, mas de maneira transformada: em lugar da representação pop dos anos 80, a imagem integra as novas obras como um elemento a mais na composição. 

O “Retrato” traz o módulo puro entremeado de gotas com fotografias impressas em voile. São imagens de fragmentos de rostos (...) “Essa pintura retrata a maneira como duas pessoas convivendo muito tornam-se a mesma pessoa; e traz outros assuntos, como as tonalidades do corpo e os lugares cotidianos”, explica a artista” 

 

(MONACHESI, Juliana. “Leda retoma figuração prenhe de sutilezas”. Folha de São Paulo- Acontece. 08/08/2002) 

 

Participa das coletivas: “Décadas, Caminhos do Contemporâneo 1952 – 2002”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Coleção Metrópolis de Arte Contemporânea”, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Pinacoteca Benedicto Calixto, Santos, São Paulo; “Opera aberta”, Casa das Rosas, São Paulo; “ 28 (+) Pintura”, Espaço Virgilio, São Paulo; “Mapa do Agora”, Instituto Tomie Otake, São Paulo; “Arte no Ônibus”, Praça da Liberdade, Belo Horizonte, Minas Gerais; “Ares&pensares”, Sesc Belenzinho, São Paulo e “Gravuras”, Centro Universitário Mariantonia, São Paulo. 

 

2003

Realiza as exposições individuais, no Centro Universitário Mariantonia, São Paulo; na Fundación Centro de Estudos Brasileiros, Buenos Aires, Argentina; no Centro Cultural São Paulo e é artista convidada da 35ª Anual de Arte da FAAP, São Paulo. 

 

“Como parte de sua defesa da tese de doutorado, Leda Catunda expõe sete pinturas de diferentes épocas desde 1993, sendo duas delas inéditas. Utilizando desde o início dos anos 80 diferentes tecidos costurados e pintados, pesquisa em suas pinturas o que denomina Poética da Maciez. De cores que ressabiam a precisa escolha, a artista opta pelo desconforto que tenta se aconchegar. A coloração, por vezes estridente, é amortecida e consolada pela maciez. Esta qualidade mole e macia sempre buscada, estabelece certa unidade na pintura, assim como a tinta ameniza a autonomia de cada parte. Desse desajuste conformado, concernente às tão diversas cores, superfícies e padronagens dos tecidos, um convívio que admite as extravagâncias, mas nunca as divergências. Tudo tende a cair, mas sem queda ou desmoronamento, com uma movimentação lânguida dada pela indolência das formas empanturradas” 

 

(BLASS, Tatiana. “O peso do conforto”. Folder da exposição Poética da maciez, Centro universitário Maria Antonia, São Paulo, 1993) 

 

As principais mostras coletivas desse ano são: “Pele e Alma”, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo; "2080", Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Marcantonio Vilaça - passaporte contemporâneo”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “professores / artistas”, prédio do Mercado Municipal de Diamantina, Minas Gerais; “Leda Catunda, Rodrigo Andrade e Marco Gianotti”, Aria Arte Contemporânea, Recife. Titula-se doutora em Artes Visuais pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. 

 

2004

Expõe na Galeria Fortes Vilaça e na Galeria Ramis Barquet, Nova Iorque, Estados Unidos, individualmente. Participa das mostras coletivas: “Still Life”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo- Fiesp, São Paulo e no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Rio de Janeiro; “Onde está você Geração 80”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasília e o Museu do Estado, Recife, Pernambuco; “Heterodoxia”, Memorial da América Latina, São Paulo. 

 

2005

Realiza as exposições individuais na Galeria Alberto Sendrós, Buenos Aires, Argentina; “Spart Cultural”, Presidente Prudente, São Paulo; Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo; “Homoludens”, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “Arte em Metrópolis”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo. Realiza a oficina Pintura Contemporânea, 6º Festival de Arte Serrinha, Bragança Paulista, São Paulo. 

 

2006

Expõe individualmente na Galeria Fortes Vilaça, São Paulo e na Galeria Marina Potrich, Goiânia. 

 

“As pinturas-objetos apresentadas na exposição são construídas em camadas sobrepostas que se entrelaçam para criar uma imagem final. A superfície de cada camada contém imagens apropriadas de estampas de tecidos diversos ou simplesmente a textura de materiais como jeans, veludo ou plástico. Ao revestir os trabalhos com imagens e texturas do dia a dia pretende-se um empréstimo efetivo da visualidade cotidiana e através dessa ação criar gatilhos capazes de despertar lembranças e sensações percebidas na vida comum.” 

 

(CATUNDA, Leda. Texto do arquivo da artista. Inédito. São Paulo, 2006)

 

Participa das coletivas: “Manobras Radicais”, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo; “Volpi Heranças Contemporâneas”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “ Fortes Vilaça na Choque Cultural”, Galeria Choque Cultural, São Paulo; “Padrões e padronagens”, Galeria Marilia Razuk, São Paulo; “Arquivo Geral”, Centro Cultural Hélio Oiticica, Rio de Janeiro; “MAM na Oca”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Paralela 2006”, Pavilhão Armando de Aruda Pereira, São Paulo. 

 

2007

Realiza as exposições individuais no Dragão do Mar, Fortaleza, Ceará; Galeria Celma Albuquerque, Belo Horizonte, Minas Gerais e na Galeria Arte 21, Rio de Janeiro. Destacam-se as exposições coletivas: “Itaú Contemporâneo”, Itaú Cultural, São Paulo; “Intimidades”, Galeria Marília Razuk, São Paulo; “80/90 Modernos Pós Modernos etc”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “Crtl_C + Crtl_V Recortar e Colar”, SESC Pompéia, São Paulo; “MARP 15 anos”, Museu de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto, São Paulo; Museu de Arte Contemporânea, Fortaleza; “NMúltiplos”, Arte21 Galeria, Rio de Janeiro; “Auto-retrato do Brasil”, Paço Imperial, Rio de Janeiro. 

 

2008

Realiza a exposição individual, Galeria 111, Lisboa, Portugal. As principais mostras coletivas do período são: “Poética da percepção”, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Paraná; “HAPTIC”, Tokyo Wonder Site, Japão. Participa da residência Tokyo Wonder Site, Institute of Contemporary Art and International, Cultural Exchange Japão. 

 

2009

Realiza sua primeira mostra retrospectiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo. A exposição, com curadoria de Ivo Mesquita, apresenta um recorte da produção de 1983 a 2009. Entre pinturas, colagens e aquarelas estão também trabalhos pequenos, mais experimentais - e que por vezes funcionam como estudos para obras maoires - nunca antes mostrados. 

 

“É importante para o artista poder pensar sobre o seu trabalho, que é muito solitário" afirma [Leda]. Um de seus desejos é poder mostrar um dia os desenhos a partir dos quais nascem seus trabalhos. “Gosto de chamá-los de papéis secretos, aqueles que ninguém vê”. 

(HIRSZMAN, Maria. “Leda Catunda esbanja cores e sensações em exposição.” O Estado de São Paulo 02/09/1998) 

 

2010

Participa como artista convidada do 12o Salão de Artes de Itajaí: poéticas pessoais em construção, na Fundação Cultural de Itajaí, em Santa Catarina. 

 

2011

Realiza as exposições individuais na Galeria Paulo Darzé, em Salvador e na Galeria Silvia Cintra, no Rio de Janeiro. Nestas exposições, mostra pela primeira vez os trabalhos inspirados no universo do esporte. Entre as exposições coletivas, destacam-se: “Beuys e Bem Além: Ensinar como arte”, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e “Arte Pará”, na Fundação Rômulo Maiorano, em Belém do Pará. 

 

“Considerando que, desde o início da sua carreira, Leda Catunda expõe as idiossincrasias e as evoluções do imaginário popular, a decisão recente de se voltar para o universo esportivo é perfeitamente coerente e compreensível, quase lógica. (…) … ao focar esse universo, a artista convida o observador a olhar para uma transformação geral, que diz respeito à sociedade como um todo. Mas a artista… não toma partido, limita-se a observar o processo, olha o circo pegar fogo, e enquanto isso se apropria de alguns casos extremos, sem revelar se os considera as aberrações mais gritantes, ou os momentos mais sublimes. (…) … o que Leda Catunda, à sua maneira personalíssima e inconfundível, nos apresenta, é um pequeno teatro do absurdo, uma reprodução fiel, e que contudo beira o grotesco, dos abusos e das loucuras da sociedade do espetáculo.”

(VISCONTI, Jacopo Crivelli. “O Circo Pegou Fogo”. In: ‘Leda Catunda’ (catálogo) Paulo Darzé Galeria de Arte, Salvador, 2011.

 

 

2012

Realiza exposição individual na Galeria Ruth Benzacar, em Buenos Aires, em concomitância com uma exposição do artista Iran do Espírito Santo. Destacam-se entre as exposições coletivas: a exposição em homenagem a Leonilson, “Sob o peso dos meus amores”, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre; participação como artista convidada no 37o Salão de Arte de Ribeirão Preto, onde mostrou uma série de trabalhos em papel e “Para Todos”, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. No mesmo ano, viaja numa residência artística à China, a convite da ‘Currents: Art & Music’, ao lado do artista Jorge Barrão. 

 

2013

Realiza exposição individual no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, com curadoria de Jacopo Crivelli Visconti, na qual exibe uma sequência de trabalhos inspirados no universo esportivo. Posteriormente, a mostra itinera para o Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. 

 

Participa das coletivas: “Possíveis Mirantes”, Museu de Arte Contemporânea do Ceará, Fortaleza; “30 x Bienal”, Fundação Bienal, São Paulo; “Sobrenatural”, Pinacoteca do Estado de São Paulo; “Tomie Ohtake: Correspondências”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “Mitologias por procuração”, Museu de Arte Moderna de São Paulo. 

 

Ilustra o livro “Ser Criança”, de Tatiana Belinky, editado pela Companhia das Letras, São Paulo. 

 

2014

Dentre as exposições coletivas das quais participa, destacam-se: “Pintura como meio – 30 anos depois”, no Museu de Arte Contemporânea – MAC USP Ibirapuera, São Paulo; “Diálogos com Palatnik”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Inventário da Paixão”, no Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro e “Cruzamentos Contemporary Art in Brazil”, no Wexner Center for the Arts, Columbus/EUA. Nesta última, expõe o trabalho “Santos”, de 2012. 

 

Ilustra o livro “A menor coisa que existe”, com texto de Alice Ruiz e Sérgio Novaes, publicado pelo SESC São Carlos, São Paulo. 

 

2015

Realiza exposição individual "Leda Catunda e o gosto dos outros", no Galpão Fortes Vilaça, em São Paulo, onde exibe trabalhos inéditos, resultado de três anos de produção da artista. Na individual "Leda Catunda - Projeto Night Club", na Galeria Celma Albuquerque, em Belo Horizonte, é exposta a série de gravuras que leva o mesmo título da mostra, além de pinturas inéditas. Realiza, ainda, no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza, com curadoria de Jacopo Crivelli Visconti, mostra individual de caráter retrospectivo, com trabalhos de 1985 a 2015. 

 

Dentre as exposições coletivas das quais participa, destacam-se: Southern Exposure: 5 Brazilian Artists, na Galerie Maximillian, Aspen; Espírito Oitenta, na Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória; Geração 80, Ousadia & Afirmação, na Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba. 

 

É curadora da mostra coletiva de pinturas "A história da imagem", na SIM Galeria, em Curitiba. 

 

Créditos: O texto desta cronologia, até o ano de 2009, escrito por Juliana Rego Ripoli, revisado e editado por Thaís Rivitti, foi gentilmente cedido pela Pinacoteca do Estado de São Paulo. Os anos seguintes foram completados por Julia Grillo. 

 
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